• Uma trilha de cachoeiras
Antigos caminhos usados pelos caiçaras levam a todos os cantos da Ilha
Na Área do Parque está implantada a Trilha da Água Branca, com 2.145 metros de extenSão. A Estrada dos Castelhanos é a referência desta trilha de dificuldade média. Como atrativos, o visitante observa a riqueza da Vegetação da Mata Atlântica como a figueira, pau-jacré, guapuruvu, manacá-da-serra, e quaresmeira. Um pouco de sorte e inúmeras espécies de pássaros, como o tangará, o trinca-ferro, a araponga e o pica-pau podem ser observados, como também o caxinguelê, uma espécie de esquilo que se alimenta de sementes.
Mas as cachoeiras e as piscinas naturais de águas cristalinas São o grande espetáculo e um convite irresistível ao visitante. O poço da Pedra é a primeira delas, que fica a pouco mais de 100 metros do início da trilha. A 500 metros fica o Poço da Escada e, na sequência, a ducha e o tobogã. O poço do Jabuti é a última das piscinas a 1400 metros do começo da caminhada.
• Visitas
A trilha da Água Branca é sinalizada em toda a sua extenSão. Para grupos organizados, o Parque pode colocar monitores mediante agendamento prévio. As visitas devem ser marcadas pelo fone (12) 472-2660.
O horário de visitação é das 9:00 às 16:30 horas.
O endereço da sede administrativa do Parque é Rua do Morro da Cruz, 608 - Bairro do Itaguaçú - CEP 11630-000
• Comunidades Caiçaras Isoladas do Parque
O Parque Estadual de Ilhabela foi criado em 1977 e abrange grande parte da ilha de São Sebastião e integralmente as demais ilhas. As Áreas sob preservação permanecem, atingem cerca de 85% do arquipélago. Desde a década de 30, Ilhabela permaneceu esquecida e estagnada, e a criação do parque foi o toque complementar para a recuperação de extensas Áreas degradadas pelas lavouras de cana e café.
Estes fatores permitiram que a fauna e flora do arquipélago voltassem a atingir um alto grau de regeneração. Hoje ainda São muitos os macacos-pregos, capivaras, lontras, jaguatiricas, tucanos, papagaios, macucos, etc. Tudo em meio a cerca de quatrocentas cachoeiras, que formam cenários indescritíveis dentro da mata.
Um parque não deve permanecer intocável. Por isto deve ser executado no próximo ano o plano de manejo que irá permitir o seu uso. O manejo prevê que determinadas Áreas deverão permanecer intocadas, porém possibilita a abertura de locais para turismo, pesquisa científica e educação ambiental.
Vivendo dentro destas Áreas de preservação permanente estão as 22 comunidades caiçaras isoladas, que vivem da pesca e agricultura de subsistência.
Nestas comunidades não existe eletricidade, telefone, cartão de ponto, ruas, bares, TV, médico, banheiro, farmácia, aluguel, automóveis, etc. Nem miséria. O linguajar e o modo de vida destes caiçaras São únicos. Para se ter uma idéia, o café preto é acompanhado por abacate e coberto por farinha de mandioca. Em muitas das comunidades é comum o casamento entre parentes.
O mais marcante em relação a estas comunidades tradicionais diz respeito a sua cultura. Dentro desta cultura há uma infinidade de facetas muito interessantes, que diferem o homem de “trás da ilha” do homem urbano. Uma das principais é o fato de que não existe a preocupação em acumular riquezas, pois as comunidades isoladas não São uma sociedade de consumo.